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Como começou 

O United Nations Global Compact (UN Global Compact) é uma iniciativa especial do Secretário-Geral das Nações Unidas dedicada à sustentabilidade, que teve a sua origem numa proposta do Secretário-Geral da ONU Kofi Annan, em 2000.

Antes do lançamento da iniciativa, estas questões eram discutidas na Assembleia Geral por plataformas criadas ao nível dos governos nacionais, das organizações supranacionais como a ONU, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outras. No entanto, a visão de Kofi Annan era a de fazer chegar as ideias de sustentabilidade aos mercados e às empresas.

O ex-Secretário-geral acreditava que a mensagem tinha de ser disseminada o mais depressa possível para chegar à sociedade civil e para que as empresas alterassem as suas estratégias e operações e, assim, se gerasse uma mudança de comportamento. Hoje em dia, o UN Global Compact é considerado como a maior iniciativa de sustentabilidade do mundo e o facto de ter chegado às empresas colocou a iniciativa na agenda da maioria dos governos nacionais.

Dez Princípios Fundamentais 

Criada a partir de uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, assenta em Dez Princípios fundamentais nas áreas de direitos humanos, práticas laborais, proteção ambiental e anticorrupção e visa a integração dos mesmos ao nível da estratégia e operações das empresas.

Os Dez Princípios baseiam-se em declarações e convenções universalmente aceites, nomeadamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração da Organização Internacional do Trabalho relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais e a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento.

Desde 2015, o UN Global Compact tem também como responsabilidade contribuir para o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030.

Como forma de demonstração da sua concordância face aos Princípios UN Global Compact, as organizações elaboram e publicam anualmente a sua Communication on Progress (COP)/ Communication on Engagement (COE), um relatório onde divulgam as suas atividades em prol destes Princípios, o que se torna bastante útil na partilha de boas práticas e políticas entre subscritores.

Hoje, o UN Global Compact é um vasto movimento que conta já com milhares de organizações subscritoras em todo o mundo e aglomeradas em redes locais. Trabalhando em conjunto com outras agências da ONU, o UN Global Compact contribui para a sustentabilidade ao estimular e reconhecer boas práticas e políticas passíveis de aplicação.

Portugal no caminho para a Sustentabilidade

O nosso país está a evoluir positivamente em 61% das metas estipuladas em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a chamada Agenda 2030, de acordo com o segundo Relatório Voluntário Nacional.

De acordo com André Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, o país está empenhado na implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as metas estão “a evoluir no sentido desejado, não obstante os impactos quer da pandemia, quer da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

O nosso país tem definidos como prioritários 6 dos 17 ODS: Educação de Qualidade (ODS 4); Igualdade de Género (ODS 5); Indústria, Inovação e Infraestruturas (ODS 9); Reduzir as Desigualdades (ODS 10); Ação Climática (ODS 13); e Proteger a Vida Marinha (ODS 14). Recentemente, o Tribunal de Contas (TdC) também analisou a implementação dos ODS e concluiu que Portugal apresenta um desempenho acima da média da UE na maioria deles.

Em Portugal, a rede de empresas que participam no UN Global Compact é acolhida pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial, a entidade que assegura o suporte, presidida por Mário Parra da Silva.

De acordo com esta entidade estão identificadas entre 100 a 115 entidades portuguesas, havendo várias em processo de adesão, uma vez que a iniciativa tem padrões de integridade que implicam um processo de diligência devida complexo. Ou seja, é necessário recolher muita informação sobre as empresas, o que faz com que, neste momento, existam cerca de duas mil em processo de integração, a nível global.

Um compromisso que abraçamos por completo

Na MCA defendemos a nossa prática sempre a pensar no caminho da Sustentabilidade. Por esse motivo, aderimos recentemente ao Global Compact da UN. Um compromisso que abraçamos por completo, que consta no Relatório Integrado 2022 e abraça a nossa missão: desenvolver uma estratégia sustentável orientada para um crescimento com foco em valor.

Assista ao vídeo abaixo, com a mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, a propósito do 20º aniversário do UN Global Compact.

 

 

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