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A sustentabilidade deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade urgente em todos os setores da sociedade, incluindo o empresarial. Atualmente as empresas desempenham um papel crucial na promoção de práticas sustentáveis que beneficiam o meio ambiente, a sociedade e até mesmo a própria empresa.

Por estas razões, um crescente número de organizações está a adotar medidas específicas para avançar neste caminho, avaliando cuidadosamente os seus fornecedores, otimizando o consumo energético e a sustentabilidade dos espaços de trabalho, promovendo assim uma gestão eficiente de todos os recursos.

De seguida partilhamos 12 práticas de sustentabilidade que todas as empresas podem e devem adotar:

1. Critérios na escolha de fornecedores

Na definição dos parceiros comerciais, é essencial garantir que a seleção seja realizada com atenção ao impacto ecológico dos produtos adquiridos. Alguns dos passos que a empresa poderá implementar no momento da escolha dos seus fornecedores, poderão passar por:

  • Análise Detalhada: Verificar a sustentabilidade dos materiais usados, incluindo a sua origem.
  • Certificações Relevantes: Priorizar fornecedores que detenham selos de sustentabilidade reconhecidos.
  • Políticas Empresariais: Considerar práticas internas que visam a redução dos danos ambientais.
  • Compensações Ecológicas: Valorizar medidas que assegurem a compensação pelo uso de recursos naturais.
  • Materiais Locais: Optar por recursos locais ou nacionais para minimizar a pegada de carbono.
  • Materiais Inócuos: Escolher materiais seguros e não prejudiciais ao ambiente
  • Potencial de Circularidade: Avaliar se os materiais possuem capacidade elevada de reutilização e reciclagem.

2. Incentive a eficiência energética e o uso de fontes renováveis

A redução do consumo energético e o investimento em fontes de energia renováveis são essenciais para uma operação empresarial mais sustentável. Realizar uma auditoria energética é uma estratégia eficaz para identificar áreas que necessitam de melhorias e oportunidades de redução de custos. Algumas das melhores práticas recomendadas incluem:

  • Desconectar equipamentos: Desligue tomadas de aparelhos e luzes em áreas desocupadas.
  • Iluminação eficiente: Substitua lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED de menor consumo.
  • Eletrodomésticos ecoeficientes: Opte por utilizar equipamentos com melhor eficiência energética.

Além do mais, investir em tecnologias de energia limpa, como a instalação de painéis solares fotovoltáicos ou microturbinas eólicas, é uma medida inovadora que promove a auto-sustentabilidade energética e a redução de impactos ambientais. Estas ações não só contribuem para a proteção do meio ambiente como também apresentam benefícios económicos a longo prazo para as empresas.

3. Avaliação e sustentabilidade na estrutura empresarial

A incorporação de práticas de arquitetura ecológicas e adaptadas ao clima pode ser um fator decisivo para cortar despesas e elevar o bem-estar dos trabalhadores. Compreender as características do ambiente, incluindo o clima, solo, e a cultura da região é vital para desenvolver um espaço que honre a sustentabilidade.

A eficiência energética é maximizada quando se opta por materiais ecologicamente corretos e quando se melhora a capacidade de isolamento das estruturas. O uso estratégico da luz natural e a ventilação reduzem a necessidade de recursos artificiais para iluminação e climatização.

É recomendável a aplicação de materiais que ofereçam isolamento de qualidade, tal como janelas com vidro duplo, paredes com espaço de ar e elementos naturais como jardins verticais e telhados verdes. Estes não só minimizam a perda de energia, mas também contribuem para um ambiente de trabalho equilibrado e produtivo.

4. Práticas para o consumo consciente e eficiente de água

A água é um bem essencial, porém sua utilização muitas vezes não segue preceitos de sustentabilidade, levando a crises de abastecimento. Empresas conscientes da importância de poupar este recurso fundamental estão a adotar medidas para um uso mais responsável, diminuição os impactos ambientais, ao mesmo tempo que reduzem custos operacionais.

  • Avaliação do Consumo de Água: Diagnosticar o uso da água na empresa pode revelar formas de otimizar o consumo.
  • Inovações Tecnológicas: Implementar sistemas de captação pluvial ou recuperação de águas cinzentas, que possibilitam a reutilização e uma poupança significativa.
  • Dispositivos Economizadores: Uso de redutores de fluxo nas torneiras para um controle mais eficiente da utilização da água.

5. Conversão de resíduos em recursos renováveis

Várias empresas adotaram já um modelo de economia circular em resposta à necessidade de práticas mais sustentáveis. Este modelo enfatiza o ciclo contínuo de uso e reutilização das matérias-primas, transformando os resíduos em recursos valiosos para novos processos produtivos.

  • Redesenho de produtos: foco na facilidade de desmontagem e na capacidade de reutilizar componentes.
  • Implementação de logística reversa: sistemas para devolver materiais ao ciclo produtivo, ampliando a sua vida útil.
  • Substituição de matérias-primas: preferência por materiais recicláveis e reutilizáveis ao invés de novos.
  • Promoção de reparação e partilha: iniciativas que incentivam a manutenção e uso comum de produtos, diminuindo a produção de lixo e o espaço ocupado em aterros.

6. Promova a gestão responsável de resíduos

As empresas enfrentam o desafio de lidar com enormes volumes de resíduos sólidos anualmente. Estes podem incluir uma vasta gama de materiais, tais como embalagens de plástico, alumínio, latas, utensílios descartáveis, e equipamentos eletrónicos.
A consciencialização dos colaboradores sobre o destino e manuseamento de resíduos sólidos é essencial para fomentar uma cultura de sustentabilidade empresarial.

  • Implementação nos espaços corporativos: Ecopontos para facilitar a separação e reciclagem.
  • Incentivo ao uso de utensílios reutilizáveis em materiais duráveis como vidro.

Há ainda benefícios financeiros adicionais que podem ser obtidos através da venda de materiais recicláveis a entidades especializadas, gerando receitas extra para a empresa.

7. Gestão inteligente do consumo de papel

A transição para uma abordagem com menor dependência de papel é não apenas uma questão de sustentabilidade, mas também de eficiência operacional. Optar por tecnologias digitais onde dados são acessíveis via dispositivos eletrónicos pode reduzir significativamente a necessidade de papel.

Além disso, este movimento resulta em economia de custos e numa menor pegada ambiental, com reduções tangíveis no desperdício de papel e nos danos ao ecossistema.

Quando o uso do papel é indispensável, a escolha por papel reciclado é um método responsável, pois esta prática pode diminuir o abate de árvores, a utilização de espaço em aterros, o consumo de água e energia, além da emissão de CO₂. A reciclagem de uma tonelada de papel pode representar a preservação de recursos naturais críticos.

8. Aposte na educação das equipas para sustentabilidade

A formação continuada das equipas em temas como ecologia, sustentabilidade e economia circular é crucial para uma transição eficiente para práticas mais verdes. É através de cursos especializados, workshops e eventos ecológicos que se pode nutrir uma mentalidade de respeito pelo meio ambiente e de compromisso com o desenvolvimento sustentável dentro da organização.

  • Cursos de Formação: Que incluam atividades práticas para aplicação dos conceitos de eco-inovação, sustentabilidade, economia circular e upcycling.
  • Eventos Ecológicos: Eventos que sensibilizem para a importância das iniciativas verdes.

Estas iniciativas não só reforçam a imagem responsável da empresa como também promovem a adoção de comportamentos sustentáveis no dia a dia dos colaboradores. Para implementá-las, programas como BeeTheFuture – Capacitação Circular podem ser fundamentais, preparando os profissionais para os atuais e futuros desafios ambientais e acelerando a mudança para uma economia circular no tecido empresarial do país.

9. Estímulo à alteração do transporte dos trabalhadores

As organizações podem desempenhar um papel crucial na promoção de modos de transporte sustentáveis junto dos seus colaboradores. A adoção de métodos alternativos de deslocação pode resultar num impacto ambiental positivo significativo, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa produzidas pelo tráfego habitual.

Métodos para incentivar formas de transporte sustentáveis podem passar por:

  • Implementação do Teletrabalho: A escolha de dias dedicados ao trabalho remoto pode levar à redução das viagens e, por consequência, dos custos organizacionais e da poluição ambiental.
  • Utilização de Transportes Coletivos: Encorajar a utilização de comboios, autocarros e metro, assim como a partilha de boleias, pode diminuir consideravelmente o número de veículos na estrada.
  • Ciclismo: Incentivar o uso de bicicletas não só beneficia o ambiente, mas também a saúde física dos colaboradores.
  • Vales de Incentivo: Atribuir benefícios como vales pode funcionar como incentivo para a utilização de transportes mais verdes.
  • Aproveitamento de Fundos Ambientais: Informar e apoiar os trabalhadores na candidatura a programas de fundos ambientais para a aquisição de veículos de baixas emissões.

Através destas estratégias, as empresas podem promover um ambiente de trabalho mais verde e sustentável, colaborando com a saúde do planeta e a qualidade de vida dos seus colaboradores.

10. Promoção da Cultura de Partilha

Nos dias de hoje, valoriza-se o modelo de economia colaborativa, onde se incentivam práticas de partilha de recursos entre indivíduos e entidades.

  • Cozinhas Comunitárias: Organizações conscientes da sua pegada ecológica optam por partilhar espaços e serviços, como cozinhas comunitárias, evitando novas construções.
  • Intercâmbio de Recursos: Fomentar a troca entre trabalhadores de itens como vestuário e literatura.
  • Oficinas de Reparo: Organização de eventos para ensinar a reparar e atualizar bens pessoais e corporativos.
  • Manutenção de Equipamentos: É crucial estabelecer uma política de reparo para os equipamentos da empresa, minimizando o volume de resíduos e os impactos ambientais associados.
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